Poetas sem Fronteiras
Blogging in the Wind

domingo, 22 de setembro de 2013

Notícias do Lar Sagrado

Hades


                                                                              Ali está Artaud, atado
                                                                              Ali está Sade, saciado


Duvidamos alguém se dar mais barato!
A Casa Sadness apresenta!
O poeta, seus derivados

Caro poemador
Uma cápsula espacial envolve
É somente um caso acrílico
Quando não há nada dentro

Ou seja o homem sistemático
Numa capa de macaco
Levando na omoplata
Com a carne que a reveste
Sucata de pneu furado

pib pib pib pib pib pib

Som de pancada não é porrada
Nem pau no pau é poética

Oral:

"Tenho o pé na tábua 
Presa na planta uma farpa
Não sinto falta do prego
Agora que temos ferrugem

Não quero essa cola plástica 
Ainda palavra apenas basta
Para grudar-me ao trampolim

Aos pajens vidrados da forma
Que jogam dados viciados
Pergunto o conteúdo da outra prisão"

Enquanto a chuva não vem 
E só aparece num discurso de posse
É bom picar bem a vanguarda
Invertendo com arte o espaço
Recusando a censura derradeira

Caríssimo iluminador
A Casa Sadness mantém um poeta vivo
Acenando com o Pão de Açúcar
A Casa Sadness não repele
Só martela: Son of a  bit!
E quem não escuta está cego
Pelas responsabilidades civis

Oral:

"Não sinto falta do prego
Agora que temos ferrugem
E digam ao Sátrapa que entre
Para mostrar seu papel"

Respeitável público!
Vocês que fizeram barulho
Enquanto o teatro sofria
Vocês que censuraram 
O documento geral
Aguardem o reino do céu

Quem tem medo da Rede Golpe

Riscar uma letra 
O lápis fica lá fora 
A margem real do maestro

Música: Um piano arranhado
Um microfone soprado
Um espaço intocável
Um par de fones japonês

Entra o autor
Ele arrasta um carrinho de feira 
Procura procura procura
Reconhecimento
pib pib pib pib pib pib

Na mordaça, uma boca



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