Poetas sem Fronteiras
Blogging in the Wind

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Vomiting Veronica


A musa do Drunkstein


Roteiro ou pesadelo
Da sala e de espera
Por um real movimento
E que em primeira página
Apenasmente é manchete

     Faz-se escrito com mangue
Que vai indo. Vai rindo
No canil da monarquia

Faz-se visto para a rainha
    Que veste luva de renda branca
Emprega cirurgiões plásticos
Torturadores impunes.



O livro é dívida de barulho
Pela camisa listrada

Detonação conotada
Quando sonhou e acabou coitado!

Acordando a cantilena plena
Do auxiliar das quatro linhas
- babaca do bandeirinha
Respondendo ao fogo de vinte e dois

Bruscamente 

Pelo telefone, não há tronco
Madrigal escolar à minha valquíria
Reforma conjuntural

Chegança morreu!?
Ah! Incineraram o cavalo
Numa exclamação de leitura
Pelo vão quebrantamento?
Ah! Tristão!
Agora se entra na dança
Ou se segura o motorista

O livro é o momento
De visita ao cemitério
Enfeitado de flores violáceas
Para os mortos
Onde discussões acrílicas
Recusam o esteticismo
Ali no meio
Selecionado e insone
Pra dividir a mensagem da elegíada
Sem importância como o cafezinho

As mulheres são marias
Do mês dos mares e dos desmaios
Despidas madrigalescamente
Com luto fechado de homem
Dentro das conchas e salgado

O index é um livro gregoriano
De canto latino e jornal:
Panis et circensis
Vox Populi
Idos de setembro
Dissonância de fascinação

Foram-se os três sorrisos
Num dos cinco continentes
Em mil tons de poemas
E pássaros feitos de palha

Mas voaram numa ilha
Fazendo ninho num porto
Diferenciando a plantação
Calada na boca do corvo

O livro é a apreensão do real
Como se a máquina 
Em minhas pernas
Batesse literalmente

Epílogo de tantas folhas 
Forrando o sono da mulher-estrela
Na casa das pedras numa esteira
De uma pirâmide a ser invertida

Que entre pra ecologia!
Não morreu e nasceu
Nas teclas acorrentadas
Aos abraços do calendário



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