Poetas sem Fronteiras
Blogging in the Wind

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Paineiras



veja o lugar tranqüilo   uma relva de montanha   não sei
na cidade desconfio   fico olhando para os lados   mesmo
distante da vista chinesa   bem longe desta cidade   eu
gostaria de ficar com você   afastado daqui
não há fichas de registro   não precisamos comer o farnel
na mesa do imperador   pergunto agora   você quer vir
comigo?
não responda
fique assim mesmo   escute ainda outras coisas
escute ainda outras coisas   veja as marcas   fictícias
trinta e oito?   apenas duas se confundem   o tiro
na mão de minha mãe entrou-me aqui no peito   marcou-me
de amor pelo meu pai
era médico e curava crianças antes de se meter com a bala
encontro-o algumas vezes quando vou comprar jornais   são
boas pessoas
giram muito essa manhã   as pessoas
os animais e o tiro   observo-os pelo canto da boca   meus
dentes
tentam captá-los   não responda ainda   pode ser
que chova muito   não serve de real esse solzinho geográfico
nem a cicatriz das folhas   nem sua face sardenta
à maneira da flor livre da campanha   o verde
me faz pensar   ficar com você aqui
e agora de olhos fechados por querer
a borboleta é azul   ela podia voar   diga pra mim
dentro da caixa podemos ficar quanto tempo
antes da coleção completar-se?   as pessoas e os animais
escorrega de você um pozinho gostoso   beijo sua boca
eu sinto você   ah!  como eu sinto você!
FOTOSSÍNTESE   veja o lugar   talvez uma relva
molhada por animais exigentes   repare agora que estamos
ficando distantes
não há vestígios   até o céu tem outras nuvens   sinta o fogo
escute ainda outras coisas   leia este livro escarlate com
asas imprecisas
fique assim mesmo   você fica muito bem
com antenas cor de prata

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