Poetas sem Fronteiras
Blogging in the Wind

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Eis-me aqui




parado no ar  engarrafado
como um navio entre areias coloridas colado
no fundo do vidro   roda roda a dor dourada
escute o ranger do horror    limpe a testa do
menino que dorme na calçada   sonha sujo com
minha camisa de força   botas de couro cru
o lábaro ostenta estrelado   proteje o ladrão
esfregue um gênio no olho da lâmpada    coloque
o ouvido no peito aberto   o dedo duro na ferida

a coisa dolorosa molha a carne torturada
em cima do coração

Um comentário:

  1. Que "gênio" a ilustração!!
    Cara, que poesia divina! Vc é sempre muito bom nisso; adoro lê-las (várias vezes, para melhor compreensão... rsrs..)e refletir a respeito. Gosto do que sinto e do que não sinto...

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